quinta-feira, 17 de março de 2011

E(L)E

“Entrou na minha vida e eu nem percebi...”

Ele entrou na vida dela de mansinho.Entrou em cena sem ser anunciado, sem fazer estardalhaço. E, de início, a demora de suas aparições nem causava saudade. Chegou como se sempre estivera ali, como se tivessem sido criados na mesma rua, estudado na mesma escola, ou dividido histórias enquanto cresciam. Só uma coisa a intrigava: estar com ele parecia tão natural. Não era como fazer uma nova amizade. Não era como se achegar a um estranho. Tão sorrateiramente, a presença dele tornou-se tão grande na vida dela que ela não mais podia disfarçar. E, mesmo se ela tentasse, aquela sementinha de amizade virou, no segredo da noite, uma árvore tão grande que todos passaram a contemplar. 
Ele entrou na vida dela de mansinho. Entrou em cena, ganhou espaço. E, por hora, algo faz com que suas aparições sejam constantes. Chegou como se sempre estivera ali, para compartilhar parte de si mesmo, para dividir e criar novas histórias com ela. Só uma coisa a intriga: estar com ele tem sido sempre uma ocasião especial. Não é como uma simples camaradagem. E, ao mesmo tempo, é como se achegar a alguém próximo, familiar. Tão sorrateiramente, a presença dele mudou a vida dela e ela não pode mais disfarçar. E, mesmo se ela tentasse, ela já não é mais a mesma.

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