domingo, 27 de março de 2022

P A L A V R A S - vazias

 

 

“Ah, que se o amor não é mais como antes meu bem

Deve ser do mundo que gira ou de outa mulher

A culpa?”

“Maria Gadú”

Não era assim antes, as palavras eram cumpridas, as verdades eram ditas e a opinião levado em consideração.

 

Quando isso começa a ser apenas de um dos lados fica cansativo, fica exaustivo.

Confiança é uma coisa que dificilmente é adquirida, mas facilmente perdida.

E o pior, são as várias chances pedidas para se mostrar que se pode confiar, quando na verdade são só palavras vazias.

E pode-se pensar que é excesso, mas não, “não vale a pena sangrar por sangrar, crescer de véspera, fugir...” diante de tudo.

“Caio Sóh”

Mas a vida é assim!

Há quem decore a vida na ponta da língua, que dar tanta importância para o prometido, para o valor das palavras e para o valor do sentimento alheios.

Outros, rabiscam o próximo passo na ponta do acaso, vão riscando do jeito que dar, “se colar, colou” não é mesmo?

Hoje, depois de muito tempo, a falta de força escorre pelas palavras. Até porque isso ainda é um resquício de força dentro d'alma, as vezes pode se parecer estar dando murros em ponta de faca. Será que é sempre assim? Será que sempre se engolirá tudo achando que as coisas vão se ajeitar? Será que um dia a maturidade vem? Será? Será?

Será que iria gostar de todas as atitudes fossem inversas?

Volto logo? E não volta.

Estou aqui! E não está.

Só estamos eu e os meninos! E não estão.

Mais alguma? 

 E se acaso perguntar: Você já traiu? E se a resposta for não, o que fazer? Acreditar? Ou fingir que essa resposta não é vazia?

“Inventamos aqui nesse solo fértil, veraneio da arte, palco do palhaço, um baile em pleno velório do falecido monstro que cobria o horizonte de quem ama o que se poder ser.” Mas que já não aguenta mais as palavras soltas, jogadas ao vento, sem validade ou firmeza.

“Caio Sóh”

“Quanto a você, a de viver eternamente sendo escravo dessa “gente” que cultiva hipocrisia. ”

“Noel Rosa”

Por hoje é isso, depois de tempos um texto, sem razões, por puro prazer de escrever.

(Qualquer semelhança com a realidade é uma mera coincidência)

 

 

Tayanne Raimi

 


P A L A V R A S - vazias

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